Cooperativa de Moura termina ano com vendas superiores ao planeado

O azeite, ligado a um dos sectores de maior importância económica para o Alentejo, mostrou alguns dados interessantes revelados pela Lusa. Segundo informação da agência de notícias, as exportações aumentaram 36% em volume e 57% em valor, entre os meses de Janeiro a Outubro deste ano. Contudo, as vendas internas diminuíram cerca de 04% face a 2021, informação avançada pela Casa do Azeite.

O presidente da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB), José Duarte, comentou estes números, que reflectem “uma produção acima das 200 mil toneladas da campanha em Portugal”, com “um incremento das vendas granel para exportação”.

Já a diminuição do consumo, na opinião do empresário agrícola, está relacionada com a “actual conjuntura internacional. O aumento da inflação ou a subida das taxas de juro, também fazem com que o consumidor final perca poder de compra”. Reconheceu, no entanto, que o preço do azeite “também subiu, motivado pelo aumento do custo dos factores de produção”.

A realidade da CAMB é um pouco diferente, conforme explicou José Duarte. “No plano apresentado aos sócios para 2022, tínhamos um aumento das exportações a nível de venda de azeite a granel e embalado. Efectivamente, este foi o ano em que vendemos mais azeite a granel maioritariamente para exportação”.

Este cenário obrigou a uma mudança de estratégia em relação ao plano inicial da Cooperativa de Moura e Barrancos. “Tivemos que alocar uma parte do azeite a granel para o embalado, porque as nossas vendas no embalado foram superiores ao que estava previsto. Estamos um pouco em contraciclo com aquilo que é a diminuição do consumo”. No caso das vendas por litro de azeite, as notícias são bastante positivas. “Vamos terminar o ano com vendas superiores àquilo que tínhamos estipulado no nosso plano”, assegurou.
2022 foi um ano bastante favorável para a Cooperativa de Moura nas vendas por litro de azeite.