OE 2023: “Atraso no desenvolvimento do distrito de Beja” PCP fez balanço
Escrito por Rádio Planíce em Novembro 30, 2022
A DORBE de Beja do Partido Comunista Português (PCP), foi uma das vozes discordantes do Orçamento do Estado para 2023, aprovado no passado dia 25, com maioria do Partido Socialista. E é precisamente sobre o documento em questão, que o PCP enviou uma nota de imprensa à Planície, em jeito de balanço e descontentamento.
Referem que o PS “optou por apresentar e aprovar um orçamento que prefere continuar a deixar os trabalhadores e o povo empobrecer, enquanto permite que os grupos económicos se aproveitem e explorem os já baixos rendimentos da maioria dos trabalhadores, reformados e pensionistas”.
No distrito de Beja consideram que a população está sujeita “até de uma forma mais intensa pelo atraso no desenvolvimento económico que há muito sucessivos governos nos impõem”.
Nesse sentido, partido apresentou “mais de 400 propostas que a terem sido aprovadas permitiriam responder à escalada do aumento do custo de bens e serviços essenciais e à degradação das condições de vida, combater a especulação e a injustiça fiscal, impedir a degradação dos serviços públicos e o agravamento das desigualdades”.
Para o país e para o distrito de Beja no acesso à habitação, defendem propostas de um “li¬mite mais baixo para a actualização das rendas ou para re¬duzir as co¬missões bancárias e outros encargos bancários face à subida das taxas Euribor”.
Nos serviços públicos, foram apresentadas “medidas destinadas ao seu reforço, seja na saúde ou na educação, nos trans¬portes ou no do¬mínio da proteção social”, com respostas ao que consideram as dificuldades das micro, pequenas e médias empresas e ao aumento da produção nacional, para que seja re¬duzida a de¬pendência ex¬terna.
Na área do Poder Local, destacam a “compensação pelas despesas no âmbito do Covid”, “pelo brutal aumento dos custos” e a elaboração de um plano concreto para a “requalificação das escolas ou ainda o reforço das verbas para garantir melhores transportes públicos”.
No que ao distrito e à região diz respeito, o PCP afirmou que deu entrada de quatro propostas, duas na área das acessibilidades e outras duas na área da saúde. Nas acessibilidades defendem a “conclusão do IP8 e a eletrificação e modernização de toda a Linha do Alentejo, ambas rejeitadas pelo PS”. Já na saúde, foi apresentada a proposta para que se comece “as obras de ampliação do Hospital de Beja com a construção da sua segunda fase, proposta esta que foi chumbada pelo PS e Chega”.
A outra proposta da saúde dirigia-se à devolução do Hospital de São Paulo em Serpa “para a gestão do ministério da Saúde, uma proposta tão justa quanto necessária, que foi rejeitada pelo PS; PSD; Chega e Iniciativa Liberal, o que é revelador de quem na verdade defende o Serviço Nacional de Saúde”.