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Ano de 2022 com quebra na produção de azeite no Alentejo

Escrito por em Outubro 14, 2022

Com o ano de 2021, a bater todos os recordes do sector oleícola, com 200 mil toneladas de azeite e 700 milhões de euros em exportações, 2022, vai ser um ano de contra-safra e a quebra na produção de azeite já é uma realidade. Esta foi uma das conclusões da 9ª edição das Olivum Talks, segundo nota de imprensa.

Catarina Bairrão Balula, membro do Conselho Oleícola Internacional (COI), reconheceu durante a conferência, que “este será um ano complicado”, mas adiantou que os resultados nunca deverão ficar abaixo dos das campanhas de 2016 e 2017, com cerca de 75 mil toneladas conseguidas.

Mesmo com actual situação, a especialista colocou de lado cenários de escassez de azeite ou de subida acentuada dos preços, garantindo haver “um grande stock da produção do ano passado que se soma aos stocks de anos anteriores e haverá resposta para a procura”.

Ainda nesta sessão e tal como a Planície já tinha noticiado, o presidente da Comissão de Agricultura e Pescas, Pedro do Carmo, sublinhou que “a olivicultura é parte da solução, nunca o problema” e que “em tempos de incertezas e de dificuldades”, como os que se vivem, “o olival é vital e dá um contributo ainda mais decisivo para as economias locais e para a economia nacional”.

Já em matéria de desafios energéticos na área agroalimentar, foi imperativo o assunto da sustentabilidade energética do sector oleícola, com a defesa das energias renováveis como solução apontada. O desafio é de 86% das renováveis em 2050.

O presidente da EDIA, José Pedro Salema, também marcou presença e destacou o facto de a estratégia de independência energética da empresa, ter um objectivo: a salvaguarda do futuro do planeta e a garantia que os preços da energia se mantêm.