Calor e falta de água provocam incerteza nas vindimas do Alentejo
Escrito por Rádio Planíce em Agosto 3, 2022
Com a época das vindimas a decorrer no Alentejo, este ano a quantidade e a qualidade da produção não se consegue prever, porque “as condições não foram as melhores, por causa do calor e por haver pouca água no solo”, de acordo com declarações à Agência LUSA, do presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA).
Com a pouca “humidade na terra”, devido à seca, “não vamos ter cachos cheios”, assegurou o responsável, mas apesar disso, este até pode ser “um factor positivo”, por poder gerar “uvas mais concentradas”, para um ano vitivinícola de boa qualidade.
O presidente assegurou que a CVRA comunicou este ano ao Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) uma estimativa de produção “entre menos 5% e mais 5%” em relação ao ano passado, a partir de uma previsão com “base no pólen” feita pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
“Essa previsão apontou para um número bom de cachos, só que nós tivemos menos água”, ou seja, até Junho, choveu “menos 50% do que era normal”, pelo que “o peso de cada cacho vai ser menor, por causa da [falta de] água”, afirmou.
Francisco Mateus destacou que só “quando as uvas forem esmagadas” se saberá “o rendimento de transformação”.
No ano passado, foram produzidos no Alentejo “126 milhões de litros” de vinho, sendo esta “a produção mais alta dos últimos 30 anos”, informou o presidente da CVRA.