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Relatório sobre educação deixa região do Baixo Alentejo em último lugar

Escrito por em Junho 6, 2022

O relatório “Resultados Escolares: Sucesso e Equidade”, publicado recentemente pela Direcção Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC), revelou alguns aspectos menos positivos nos 1ºs, 2ºs e 3ºs ciclos de ensino na região do Baixo Alentejo. Já no ensino secundário, a situação não é tão grave.

Para percebermos melhor a situação, a Planície contactou o responsável pelo Agrupamento de Escolas de Moura, Rui Oliveira, que relativamente ao estudo, “os dados não se referem especificamente ao Agrupamento de Escolas de Moura, mas sim às regiões NUT III (Unidades Territoriais para Fins Estatísticos, sistema hierárquico de divisão de território em regiões). Aquilo que se verifica, é que nos 1ºs ciclos de ensino, a nossa região, Baixo Alentejo, está em último, atrás de todas as outras. A situação é um bocado preocupante, quer no 1º ciclo, 2º e 3º, embora neste já se aproxime de outras regiões significativamente”.

Por outro lado, a situação altera-se no ensino secundário: “Aí já não somos a região com os piores resultados, o que eu acredito que seja fruto do trabalho ao longo dos anos que as escolas fazem com os seus alunos”.

Sobre o estudo, o docente, em conjunto com outros colegas, verificou que existe uma diferença de resultados entre os alunos carenciados e menos carenciados: “Verificámos que acontece o mesmo com os alunos que são carenciados, comparativamente com os alunos que não são. Nota-se que nos 1ºs anos de escolaridade, os alunos que têm escalão, têm resultados menos bons que os outros. No ensino secundário isso já não acontece”.

Rui Oliveira acredita que esta conclusão, “é fruto do trabalho das escolas e dos professores da região, que ao longo dos anos conseguem ir debelando estas desigualdades que existem, sociais e económicas, entre os alunos”.

Apesar dos resultados menos abonatórios para a região, o director do Agrupamento de Escolas de Moura, deixou uma importante ressalva sobre o estudo: “Este estudo demonstra a importância da educação, numa região como a nossa, porque somos uma região que economicamente e socialmente tem poucas oportunidades de emprego, indústria e cultural. A escola com o seu trabalho e educação, vai conseguindo combater na medida do possível, essa desigualdade”.