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Entrega de Cereais no concelho de Moura tem “diminuído”

Escrito por em Maio 24, 2022

A questão da produção dos cereais, da tão importante soberania alimentar da região do Alentejo e do armazenamento dos mesmos, tem sido prejudicada entre outros factores, pela falta de chuva e pelos aumentos dos custos de produção.

No caso concreto do concelho de Moura, tem existido uma redução desse entrega, como explicou à Planície o presidente da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, José Duarte: Na cooperativa temos notado que ano após ano, tem havido uma diminuição na entrega de cereais e este ano não é excepção”.

Esta situação tem acontecido porque “na altura das sementeiras, os custos dos factores de produção estavam muito altos, com alguns ao triplo do preço do ano anterior. O facto de não ter chovido na altura certa e com as produtividades baixas que normalmente temos em sequeiro (a maioria dos cereais que se fazem na região de Moura, é em sequeiro), leva a que os agricultores não semeiem. Estarem a semear para perder dinheiro, não é negócio”.

José Duarte realçou que algum cereal produzido, serve para “feno, para criarmos reservas para os animais nas zonas que têm aptidão”.

O presidente da cooperativa de Moura e Barrancos afirmou que a solução para este problema, seria resolvida se “parte do território em Rede Natura, fosse convertido em regadio. Estamos a falar da perda da soberania alimentar e se calhar, fazia sentido criar condições para produzirmos. O Estado ou a União Europeia, deveria criar um complemento e um subsídio à proporção com um valor mínimo de venda assegurado para o agricultor”, sugeriu o empresário agrícola como medida fundamental para uma maior produtividade de cereais no concelho de Moura.