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José Pedro Salema alerta sobre projecto de energia renovável no Alqueva: “Deve respeitar os valores ambientais”

Escrito por em Abril 6, 2022

A propósito da EDP – Energias de Portugal ter assegurado uma das maiores e mais disputadas parcelas do leilão solar do Governo, destinado a centrais solares em albufeiras e barragens, ao adquirir o direito de instalar uma central de 70 megawatts (MW) de capacidade fotovoltaica na albufeira da barragem de Alqueva durante 15 anos, a Planície quis ouvir a opinião do presidente do Conselho de Administração da EDIA José Pedro Salema sobre o assunto.

O CEO esclareceu que este concurso “não tem qualquer ligação à EDIA”, já que esta “é o gestor da Barragem de Alqueva, mas o plano de água, é domínio público. O Estado, enquanto entidade concedente, está a licenciar espaços de suporte de algumas albufeiras”.

Apesar disso, José Pedro Salema, salientou que a EDIA, enquanto empresa, é a “percursora no fotovoltaico flutuante e acreditamos que é uma solução de futuro. Ficamos muito satisfeitos por haver um projecto com esta dimensão a instalar-se na albufeira de Alqueva”.

O engenheiro agrónomo, alertou, no entanto, que esta forma de produzir energia renovável, “que todos precisamos e como todos os projectos de energia renovável, tem de ser feito com atenção, com conta, peso e medida e haver respeito por valores ambientais e pelas outras utilizações do plano de água”.

Por outro lado, o “maior receio que temos, é a localização destas ilhas flutuantes de painéis, para que não impeçam outros usos, nomeadamente a navegação de recreio”, referiu Salema.

De recordar que o projecto está previsto arrancar em 2025, considerado pela eléctrica portuguesa, como “um exemplo claro da criação de valor através da hibridização de tecnologias renováveis e da optimização da capacidade de ligação à rede eléctrica”.

Do leilão do Governo de exploração, fizeram parte 263 megawatts (MW) de energia solar, em sete barragens de Portugal, com 100 MW em Alqueva, declarado o “maior projecto de solar flutuante do mundo”, de acordo com declarações do secretário de Estado da Energia, João Galamba.

O presidente do Conselho de Administração da EDIA, mostrou-se satisfeito com a instalação do projecto, mas acautelou as questões ambientais e as outras utilizações da água.