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Preocupação com o aumento do preço e escassez de cereais no Alentejo

Escrito por em Março 14, 2022

A invasão da Rússia à Ucrânia, começa a ter consequências graves no aumento do preço e na escassez de cereais na região do Alentejo. Quem o diz é o presidente da Associação de Agricultores do Sul (ACOS), Rui Garrido, quando questionado pela Planície: “A questão dos cereais preocupa-nos largamente, porque a Ucrânia e a Rússia contribuem com 30% dos cereais que vêm para a Europa”.

No entanto, Portugal não depende só daqueles dois países: “No caso português não é bem assim, ou seja, no trigo, o nosso grande fornecedor tem sido a França, Roménia e Ucrânia. No caso do milho sim, dependemos muito da Ucrânia. Faltando esse cereal na Rússia e na Ucrânia, é mais esse que não vem para a Europa”.

Rui Garrido espera consequências “imediatas no aumento do (preço) das rações e é um custo acrescido para a pecuária”. Sem querer ser alarmista, apesar dos dados não enganarem, o presidente da ACOS alertou: “Nos cereais, o número de hectares semeados, é o mais baixo dos últimos 100 anos, segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística). A acrescer a isto, a seca na região fará com que a produção de cereais seja pequena”.

O cenário não se avizinha famoso nos próximos anos, “com o perigo do aumento dos factores de produção todos os dias, como o adubo, as rações, os combustíveis e a energia”, adiantou o engenheiro agrónomo e sublinhou: “É um risco tremendo que a agricultura corre e é uma incerteza”.

Sendo a Ucrânia um dos principais fornecedores de trigo e de milho a Portugal, o presidente da ACOS, Rui Garrido, mostrou-se preocupado com o aumento do preço e escassez de cereais na região do Alentejo.