Moura Fábrica Solar: projecto futuro prevê ampliação da unidade
Escrito por Rádio Planíce em Fevereiro 10, 2022
O projecto da Moura Fábrica Solar está em desenvolvimento, conforme noticiámos ontem, mas prevê-se que existam alguns atrasos na data de abertura que inicialmente apontava para Junho. Esse facto acontece não só devido à pandemia, como às dificuldades na parte logística, mas também porque quando abrir, entre Setembro e Outubro deste ano, o projecto já contemple as linhas de fotovoltaico e de baterias de lítio.
Estas informações foram confirmadas em entrevista exclusiva à Planície por um dos investidores do projecto, Miguel Matias, da empresa Lux Optimeyes Energy: “Estamos numa fase difícil nas cadeias logísticas para encontrar alguns circuitos. Já adquirimos as máquinas que estão em construção numa empresa em Bilbao, mas a empresa está com algumas dificuldades em encontrar os circuitos no mercado internacional com a crise logística”.
Por estas razões, “estamos a apontar entre Setembro e Outubro, o lançamento da fábrica e queremos abrir as duas linhas de produção, a de fotovoltaico e das baterias de lítio”, afirmou Miguel Matias. Apesar disso, “há componentes que infelizmente não são produzidos na Europa e são precisos para as linhas de produção, que vai ser bastante automatizada e que terá muitos componentes electrónicos e são esses que estão em falta no mercado global”, assegurou o investidor.
Sobre o investimento inicial, tal como noticiámos, mantém-se nos 5 milhões de euros, “principalmente para a parte das máquinas. O investimento é maior porque tem toda a componente de Recursos Humanos e de matéria-prima numa fase inicial. Até a fábrica começar a pagar os seus próprios custos, tem essa parte de investimento operacional”, referiu o operador.
O grupo Lux Optimeyes Energy optou por fazer este investimento na Moura Fábrica Solar por várias razões, entre elas, o espaço da fábrica. “Moura e aquele local foram escolhidos porque tinha espaço de desenvolvimento futuro”, disse o investidor e destacou que a ideia é “duplicar a capacidade da fábrica” de acordo com as exigências do mercado e segundo o operador.
O investimento em tecnologia de ponta da unidade fabril, é não só no sector das baterias, como nos painéis solares flexíveis. “Estes painéis, são uma tecnologia muito inovadora, que faz com que o painel seja dez vezes mais leve do que os anteriores. Podem ser instalados onde até agora não era possível instalar. Telhados, fábricas, armazéns ou parques de estacionamento”.
Além da facilidade de instalação, os painéis também têm implementada outra possibilidade: “Dá para pôr pigmentação, ou seja, para substituir as telhas da região tão típicas e em locais qualificados e dá para colar em paredes”, sublinhou Miguel Matias.
Estes painéis de tecnologia inovadora e patente europeia, permite “desenvolver este produto para ser líder no mercado das cidades e de produtos flexíveis para adaptar às arquitecturas”, concluiu o próprio.
O projecto da Moura Fábrica Solar está em desenvolvimento, conforme noticiámos ontem, mas prevê-se que quando abrir entre Setembro e Outubro, já contemple as linhas de fotovoltaico e de baterias de lítio.
Entrevista completa na próxima edição do jornal a Planície.