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OE 2022 – “Foi o PS que não quis acordo com a CDU” João Dias

Escrito por em Outubro 29, 2021

O Orçamento do Estado, para 2022 só teve os votos a favor do Partido Socialista, contou com abstenções do PAN e das duas deputadas não-inscritas, Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues e com os votos contra do PSD, BE, PCP, CDS-PP, PEV, Chega e IL.

Em relação ao voto contra do partido Comunista Português o deputado do PCP, eleito por Beja, João Dias disse à Planície que “o partido esteve neste orçamento de uma forma séria, teve um comportamento de tentar que o mesmo correspondesse áquilo que é a realidade actual do País, que é bem diferente daquela que foi há um ano atrás, em que estávamos em plena pandemia, com dificuldades muito grandes em termos, de exigências colocadas ao SNS. Nós temos a consciência que este ano é perfeitamente diferente da realidade económica e social do País, a sair de uma pandemia, comparativamente aos últimos seis anos dos Orçamentos do Estado anteriores”.

E acrescenta que “aquilo que se colocava ao governo é que desta vez respondesse de uma forma efectiva, às necessidades económicas e sociais, que estão colocadas à população”. Adiantando que “nós estamos a ver as pessoas a perder de dia para dia o poder de compra, cada vez com mais dificuldades e o que se coloca era aumentar o salário mínimo nacional. É um dos exemplos da luta que nós tivemos, aumentar de uma forma que correspondesse às necessidades da população, mas também um aumento geral de todos os outros salários. Aumentar as reformas, mas não só as mínimas de 200 e 300 euros”.

O parlamentar sublinhou que “o PCP, tinha uma diferença, que o governo conhecia, podia ter feito tudo, estava perfeitamente ao seu alcance, mas não quis. Foi o PS que não quis”.

E salienta que “o PCP esteve no sábado, todo o dia em reuniões sucessivas com o governo. Quando nós tínhamos 850 euros para o salário mínimo nacional, o governo apresentou 705 euros, baixamos para 800 e o governo continuou nos 705, baixamos para 750 e o governo 705 euros. Não cedeu a mínima”.

E afirma que “ainda pusemos a situação de o salário ser aumentado progressivamente, ao longo do próximo ano, não logo em Janeiro, mas progressivamente, ainda assim não quis. O PCP não podia obrigar o governo a fazer aquilo que não queria. Foi uma opção do PS. Nós cumprimos aquilo, que foi o mandato que nos deram, a defesa intransigente da população, do povo e dos trabalhadores”.

Sobre o distrito de Beja, João Dias referiu que “o que nós temos a dizer em relação à nossa região é que de facto este OE, não contemplava nenhuma resposta aos projectos estruturais do distrito de Beja”.

E chama a atenção para o facto de “outros orçamentos tem contemplado e considerado respostas, nomeadamente a electrificação da ferrovia, a construção do hospital, no OE e fora dele, todos os projectos do aeroporto, do IP8, têm sido aprovados, mas concretizados não. O governo tem também esta prática, muitas das vezes aprovado o OE, depois não concretiza. Nós não podemos continuar neste caminho de que o governo é o posso, quero e mando, são precisas mudanças para a vida das pessoas e as soluções não são concretizadas”.

A Assembleia da República vai manter o seu normal funcionamento até à publicação do decreto de dissolução do parlamento pelo Presidente da República.