Autárquicas 2021 – Álvaro Azedo ambiciona a continuidade na autarquia
Escrito por Rádio Planíce em Setembro 8, 2021
O actual Presidente da Câmara de Moura e candidato pelo PS à autarquia, foi o segundo convidado a ser entrevistado pela Rádio Planície ontem à noite, onde falou sobre as acusações da CDU e do CHEGA, sobre os desafios e as dificuldades que tem enfrentado e os projectos destes quatro anos de governação.
Questionado sobre as denúncias feitas pela candidata do CHEGA, Cidália Figueira, aos executivos do PS e CDU, em “compadrios” e “favorecimentos” na gestão da mobilidade de funcionários camarários e na abertura de concursos destinados a determinadas pessoas, Álvaro Azedo defendeu-se: “Todos os concursos que temos aberto cumprem a lei e vamos à procura dos melhores funcionários que podem dar resposta às necessidades ao Município. Estamos em época eleitoral e faz parte da estratégia do CHEGA criar desestabilização”.
Igualmente criticado pela CDU no que diz respeito à conclusão de projectos, Álvaro Azedo considera “um disparate, porque toda a gente sabe que um autarca quando chega a uma câmara, pega no trabalho dos seus antecessores. Bom ou mau, tem de o continuar e não nos revemos numa situação de terra queimada”, afirmou e reforçou, que em Outubro de 2017 quando ele e a equipa tomaram posse, “sabíamos que íamos encontrar uma câmara com muitas dificuldades financeiras. Encontrámos situações de despesas assumidas e não pagas. Estamos a falar de 1,5 milhões de euros e deste montante, 1, 2 milhões de euros eram despesas sem cabimento”.
Sobre o facto da pandemia ser usada pela oposição como uma “desculpa”, o candidato do PS defende-se: “A luta desta pandemia foi dos profissionais de saúde, dos funcionários da CMM, da população do concelho de Moura. Criámos um fundo de apoio aos comerciantes no valor de 147 mil euros para que pudessem superar esta fase negra”. E adianta: “Esta câmara gastou 534 mil euros no esforço da gestão desta pandemia”.
Decidido a reconquistar a confiança dos munícipes por mais quatro anos, o candidato do PS à Câmara Municipal de Moura revelou que o principal motivo da sua recandidatura se deve ao “amor que eu tenho à minha terra. Sou grato pela equipa que tenho, pelas juntas de freguesia que se entregam ao meu concelho e muito grato ao povo do concelho. E isso só por si, é motivo mais do que suficiente para eu não desistir”.
E no caso de não ser eleito não tem dúvidas: “Se não ganharmos as eleições, vamos deixar a câmara numa situação muito melhor do que aquela que encontrámos, com projectos muito importantes para o concelho de moura”.
No que diz respeito às prioridades para do programa eleitoral, e caso seja reeleito, o autarca considera fundamentais a continuidade da área social e destaca que “hoje, temos 206 pessoas e 100 famílias que beneficiam da rede solidária para o medicamento”.
Por outro lado, na agricultura, o bloco de rega Amareleja – Póvoa – Moura “tem de ser consolidado”, já que é “crucial para os nossos agricultores. Temos os pés dentro do Alqueva e até hoje lutou-se tão pouco por este projecto”. A culpa é atribuída a Maria do Céu Antunes, responsável pela pasta da Agricultura. “Temos uma má Ministra da Agricultura, mas continuamos a exercer pressão sobre o Governo. Se tivéssemos entre nós o ministro Capoulas dos Santos, não tenho dúvidas de que este investimento já estava em obra”.
Já o turismo, é outra das valências do concelho, conforme destacou: “Quer com a Estação Náutica, quer com o Contenda Tour, quer com o Centro de Alto Rendimento”.
E não menos importante, é o sector da construção, do urbanismo e do emprego, áreas que merecem destaque para o autarca, bem como a fixação dos jovens no concelho: “Hoje temos um conjunto de investimentos que podem reter alguns dos nossos jovens. O investimento do Hotel do Carmo, a fábrica de painéis de baterias e a criação de condições para que os nossos jovens possam investir aqui, é da maior importância”.