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Censos2021 – As Políticas dos governos têm culpa na perda de população no Alentejo

Escrito por em Julho 30, 2021

Os resultados preliminares do Censos 2021, revelam um decréscimo de 6,9 por cento da população no Alentejo. No que toca aos quatro concelhos da Margem Esquerda do Guadiana que fazem parte da Comunidade Intermunicipal (Cimbal), o valor médio da perda de população é de 15,2 por cento. O concelho de Serpa registou uma diminuição de 11,9 por cento.

O presidente da autarquia serpense, Tomé Pires referiu à Planície que “praticamente todos os concelhos do Alentejo perderam população, salvo raríssimas excepções, isso de certa forma era o que todos nós esperaríamos. É uma tendência que se tem vindo a acentuar, nos últimos tempos”. E acrescenta que “isto é demonstrativo, daquilo que muitos municípios e alguns partidos políticos têm colocado, que é, as políticas que tem sido definidas pelos vários governos, que tem como objectivo a coesão territorial, o combate às assimetrias regionais, não tem tido os resultados práticos que todos desejaríamos, que é ter uma distribuição da população por todo o território”.

O edil serpense adiantou ainda que “num País com a dimensão do nosso, que é relativamente pequeno, essa questão do interior e do litoral, quase não faz sentido, tendo em conta que a distância é tão pequena”, e sublinha “por isso, da parte do Município de Serpa, temos vindo a acompanhar os números intermédios e estávamos, mais ou menos à espera destes resultados”.

Sobre o trabalho da Câmara de Serpa, Tomé Pires salientou que “continuamos a fazer tudo o que é possível para melhorar a qualidade de vida no nosso município, de forma a ser atractivo, para as pessoas que nascem aqui e possam continuar a viver no concelho e outros que escolham Serpa para viver”. E acrescenta que “também sabemos, que pode haver um grande esforço da nossa parte, mas se as políticas centrais e regionais, não forem no mesmo sentido, o esforço do município não tem os resultados, que gostaríamos de ter”.

Estes dados, segundo o autarca, dão razão e voz às reivindicações dos municípios do interior do país no sentido de mais e melhores políticas de desenvolvimento e coesão territorial, mais e melhores serviços públicos, melhores acessibilidades, políticas que combatam verdadeiramente as assimetrias regionais e que promovam a fixação das populações.